Domingo e Segunda, 06 e 07 de Junho de 1999

Férias sob medida para o empregado e a empresa

Pequenos empresários não devem ausentar-se por muito tempo

Roberta Cecchetti

Qual a melhor maneira de tirar as férias? Eis a questão. Normalmente, existem três possibilidades: a convencional, com os 30 dias corridos; duas vezes ao ano, em períodos de 15 dias ou até em três "prestações de dez dias". Antes de entrar com o pedido no Departamento Pessoal da empresa, é fundamental negociar o tempo e de que forma serão gozadas as férias, para que o acordo seja bom para ambas as partes.

  O proprietário da Acomp – Treinamento e Assessoria, Antônio César Carvalho de Oliveira, explica que os pequenos empresários, normalmente, não têm férias definidas. "Não há como tirar férias corridas, pois a empresa ainda depende muito de sua participação no dia-a-dia e a ausência por um longo período consecutivo poderá acarretar problemas administrativos".

  A exceção acontece quando a empresa é voltada para negócios sazonais. "Vale lembrar que o estresse não tem hora para aparecer, portanto é mais adequado sair por uns dias ou uma semana, conforme o movimento da companhia, disponibilidade financeira e, se possível, na época de vendas baixas", acredita Antônio César.

  Em relação aos médios empresários, o consultor aconselha a dividir as férias em, no mínimo, dois períodos por ano. "Nesta situação, não acho legal os 30 dias corridos. Deve-se evitar a ausência por muito tempo da empresa".

  Arejar as idéias. Também é aconselhável escolher o momento mais propício. "Alguns costumam aproveitar para casar as férias com feiras ou seminários mais longos, sobre sua área de atuação. Mas é bom não esquecer que férias são feitas para descansar e arejar as idéias", avalia Antônio César.

  – Um bom programa é passear junto com a família, para locais mais distantes, onde o empresário possa realmente relaxar, conhecer outras culturas e valores e voltar com gás para colocar as novas idéias em prática, normalmente no período de férias escolares – analisa Antônio César.

  Para os presidentes e diretores de grandes empresas, o consultor recomenda não dividir as férias em mais de duas vezes por ano, pois qualquer viagem internacional que faça, por mais curta que seja, ficará comprometida se o período de férias for menor que 15 dias.

  – O ideal é tirar um período de 20 dias corridos, reservando 10 dias para qualquer estresse imprevisto, um check-up de urgência, uma proposta interessante em outro Estado, ou ainda aquele congresso que a empresa não programou, mas que é imperdível.

  Antônio César acrescenta que há ainda a possibilidade de o empresário conciliar seminários e congressos, com algum divertimento e lazer, especialmente se a verba for própria. "Quando o executivo banca as despesas, o local é decidido por ele mesmo e isto também, para alguns, pode ser considerado como uma forma de terapia, ainda mais relaxante e animadora".

  análise. Para concluir, o consultor afirma: é inadmissível que uma grande empresa não funcione sem a presença de um grande executivo. "As férias também poderão servir como teste para que o profissional possa analisar a administração estabelecida durante a sua ausência".

  O consultor Zigmundo Cukierman explica que nem todos podem dividir as férias. "Depende do tipo de profissão e do cargo ocupado". Para quem trabalha sob tensão, acredito que o ideal é tirar os 30 dias de forma corrida, para que dê tempo de relaxar".

  Já para os médicos e executivos do mercado financeiro é mais difícil dividir as férias. "A pessoa leva um tempo para sair do ritmo de trabalho e conseguir relaxar. Sendo assim, penso que o tempo total corrido é fundamental", avalia Zigmundo.

  O período de férias deve ser negociado com a empresa. "O acordo deve ser bom para ambas as partes. O funcionário precisa conversar sobre os períodos em que pretende se ausentar e a companhia deverá se certificar se é conveniente", observa Zigmundo.

  O gerente administrativo do West Shopping, Ruben Cabral, comenta que ao optar por dividir as férias, o funcionário pode prejudicar o planejamento da empresa. "É difícil fazer uma programação se todos resolverem tirar férias quebradas, inclusive na hora de contratar ou remanejar alguém para o lugar desses profissionais".

  A parte administrativa da companhia pode ficar prejudicada. "Além disso, não acho vantajoso dividir as férias. Afinal, o que se pode fazer em apenas 15 dias, por exemplo? Acredito ser mais vantajoso os 30 dias corridos", diz Ruben Cabral.

  O gerente administrativo, no entanto, afirma que tudo é uma questão de bom senso. "Se um funcionário me pede para dividir as férias e vejo que não atrapalhará o bom andamento da empresa, sentamos e conversamos. Questões como essas podem ser negociadas".

  mini-férias. Ruben Cabral lembra que o País tem muitos feriados, o que acaba servindo até como mini-férias. "Nesses períodos, o funcionário pode aproveitar para descansar e até viajar, por isso não vejo vantagem em dividir as férias. Acho mais proveitoso tirar o mês corrido".

  O proprietário do Armazém do Café, Marcos Modiano, tem o hábito de tirar dez dias de férias, três vezes ao ano. "As férias convencionais não são muito produtivas porque o sujeito acaba se desassociando da empresa. Períodos de dez ou 15 dias são suficientes para descansar e relaxar, "sem correr o risco de perder o fio da meada".

  As pessoas que têm responsabilidade gerencial não podem ficar muito tempo ausente da companhia. "Acredito que 30 dias corridos sejam prejudiciais. Quando retornar das férias, corre o risco de se estressar em dobro, devido a sua ausência. Hoje tudo acontece com muita rapidez".

  Marcos Modiano acrescenta que, em relação aos seus funcionários, tenta a negociação. "Converso com eles para saber como desejam tirar as férias e vejo também o lado empresarial. Costumo deixá-los livre para decidir qual a melhor forma de gozar o período de descanso".

 


 

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