São Paulo 05 de Agosto de 2002

Erros de português em cartazes de lojas afastam consumidores

Paula Cunha

A primeira impressão é a que fica. Os empresários que querem divulgar seus estabelecimentos comerciais ou seus produtos devem sempre lembrar desse ditado. A regra é fundamental no momento de elaborar faixas, cartazes, folhetos, notas fiscais e sites. Os erros de português podem afastar os consumidores.

A consultora Emília Guan, de São Paulo, alerta para o que qualifica de dissonância cognitiva do cliente. Segundo ela, as pessoas podem não conhecer as regras de português, mas elas têm a intuição de que há algo errado. Acabam desconfiando de que alguma coisa está incorreta e podem desistir da compra.

Quem lê um cartaz com a inscrição: mixto-quente (ver quadro ao lado), por exemplo, pode temer pela pela sua saúde. Uma oficina com uma faixa onde se lê concertamos TVs e aparelhos de som provoca sérias dúvidas sobre a capacidade do profissional que oferece o serviço. "Hoje, todos estão expostos às informações.

Independentemente de grau de escolaridade, as pessoas intuem as imperfeições", diz Emília. A consultora também condena a estratégia de alguns comerciantes que insistem em utilizar erros de gramática para chamar a atenção do público, alterando o seu padrão de percepção negativamente. "O comerciante opta pelo erro, mas não consegue oferecer um produto diferenciado.

O consumidor sente-se duplamente lesado. Trata-se de um desrespeito emocional, porque ele reforça a sensação de que o público não tem condições de melhorar o padrão lingüístico e deve aceitar os erros como uma justificativa pelo seu baixo poder aquisitivo", afirma. Respeito e lei – O respeito pelo consumidor começa na divulgação de informações corretas em cartazes, faixas, folhetos e cardápios.

Os erros podem não afastar os consumidores temporários, mas, certamente, farão com que os possíveis clientes com melhor nível de informação não voltem ao estabelecimento. Para evitar dar continuidade ao imbróglio lingüístico, foi aprovado o Projeto de Lei nº 143/2001 proposto pelo vereador Pedro Porfírio, do PDT, do Rio de Janeiro.

A lei pune com multa de 50 Ufirs ao dia, cerca de R$ 56, as peças publicitárias divulgadas com erros de português. O objetivo, segundo o vereador, é evitar que a população absorva esses erros e os incorpore ao vocabulário diário. Medida drástica – Para o consultor de varejo Antônio César Carvalho de Oliveira, diretor da Acomp Consultoria, do Rio de Janeiro, a punição é muito radical.

Segundo ele, os comerciantes deveriam ser orientados para que compreendam que estes deslizes afastam os consumidores e podem provocar prejuízos no longo prazo. "Afinal, eles fixarão uma imagem que sempre remeterá à desatualização", afirma. Uma solução para diminuir os problemas com a língua portuguesa é o comerciante consultar um professor de português.

A consultora Marisa De Mitri, de São Paulo, aconselha o lojista a verificar a eficiência das empresas que elaboram trabalhos de comunicação externa. Ela aconselha os empresários a consultar um professor para corrigir os erros mais freqüentes que são os de concordância e ortografia.

O Diário do Comércio é um veículo da Associação Comercial de São Paulo


 

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