Sexta-feira, 28 de junho de 2002.

Loja onde menos se espera
Ruas sem aparente vocação para o varejo podem dar bom resultado

Yuki Yokoi

Para o varejo, o ponto comercial é tão importante quanto o alicerce para uma casa. No entanto, há aqueles que insistem em investir em ruas nas quais todos desaprovam a abertura de uma loja. A empreitada pode fazer com que o comerciante tenha que reduzir a margem de lucro, mas também traz vantagens como bom volume de vendas e economia com a locação do espaço e pagamento de impostos.

Consultor de varejo e diretor da Acomp Consultoria, Antonio Cesar Carvalho de Oliveira diz que a impulsividade é um dos fatores que influenciam negativamente a escolha do ponto comercial. "O que muitos lojistas fazem é escolher o local de forma impulsiva. Depois, para não perder dinheiro, reduzem margem de lucro e até alteram o mix de produtos. Quem lucra com essas dificuldades poderia ganhar muito mais se tivesse escolhido a localização da loja com mais cuidado", diz.

Estoque maior

Mesmo com as dicas dos consultores, há lojistas que abrem mão de certas exigências, como localização de público-alvo, concorrência e infra-estrutura, e não se arrependem da escolha feita. Muitas vezes, a opção por um local aparentemente impróprio pode trazer um diferencial para o lojista, como espaço para estoque e proximidade dos fornecedores.
Carlos Augusto Soares Martins tem, há 30 anos, a Art Floral, loja de artesanato especializada em flores artificiais na Rua do Livramento, na Saúde. O comerciante admite que suas vendas no varejo são reduzidas por causa da localização. Mas tem outros ganhos.

- A loja não combina com as pessoas da região, que acham os produtos muito caros. Tive uma loja na Zona Sul durante 28 anos e fechei para alugar. Minha margem de lucro no Flamengo chegava a 70% e, aqui, está em torno de 50%. Por causa dessa redução, investi nos trabalhos sob encomenda, que não dependem tanto da exposição na rua. E ganho também com a redução das despesas fixas. Apesar de a loja ser própria, tenho um depósito amplo e impostos mais baixos - conta.

Também optando pela redução da margem de lucro e apostando nos ganhos com a quantidade de serviços prestados, o veterinário Márcio Matias e Silva mantém uma clínica e uma pet shop vizinha à loja de Martins.

- Não trocaria meu ponto pela Zona Sul. O aluguel custaria, pelo menos, três vezes mais e o capital inicial teria que ser bem maior. Além disso, a área tem demanda, pois nasci e cresci aqui e sei que não há serviço similar. Por mais que as pessoas da região gastem pouco dinheiro com cuidados veterinários para seus animais, eu sou o único por aqui. O atendimento pode custar R$ 6 num posto popular, mas é preciso pagar o deslocamento para ir até lá com o animal. O meu custa R$ 20 e atendo a domicílios quando necessário - diz o veterinário.

Quantidade

Silva foi criado no bairro e conhece bem seu público-alvo. O mix de produtos da pet shop é variado para atender às pessoas de maior poder aquisitivo que trabalham na região, além dos moradores. "Meu lucro vem da quantidade de atendimentos. Somente no sábado, são cerca de dez" , afirma.

Outro ponto que deve ser observado, segundo o consultor da Acomp, é a adequação do ponto ao horário de atendimento. Com uma floricultura em Nova Friburgo, cidade da Região Serrana, mas fora do centro comercial da cidade, a empresária Yumi Watanabe abre sua loja às 6h, inclusive aos finais de semana e feriados.

- Minha localização é ruim porque optei por estar ao lado da plantação de flores, que também é própria. Para os clientes, olhar pela janela da loja e ver a plantação é uma amostra de credibilidade do produto. Meu horário de funcionamento foi adaptado para ser mais um diferencial em relação à concorrência e também pela demanda dos clientes. E tem dado certo, pois 80% das vendas acontecem antes das 10h. Mas sei que meu caso tem uma série de particularidades - admite Yumi.

PARA ESCOLHER UM PONTO COMERCIAL, ANALISE

1. Segurança. Deve ser levada em conta a segurança do empresário e também de seus clientes.

2.Estacionamento. Em alguns ramos do varejo, a presença de local para estacionamento é essencial.

3. Facilidade de acesso.

4.Adequação com horário de funcionamento. Uma loja no centro da cidade, por exemplo, deve estar voltada para atender em horário comercial e não depender do movimento nos finais de semana, por exemplo.

5. Adequação ao negócio. Para uma joalheria, por exemplo, segurança é fundamental. Os shoppings são mais indicados.

6. Adequação ao público consumidor.

7.Proximidade da concorrência. Alguns lugares são característicos por concentrar lojas com o mesmo mix de produtos. Uma localização assim é válida.

8. Aspectos técnicos e de engenharia. Algumas lojas precisam de depósito, outras, de infra-estrutura técnica. Vale lembrar que nos shoppings, a presença de pontos de água e esgoto não estão presentes em todas as lojas, encarecendo as que possuem.

Fonte: Acomp Consultoria


 

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