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Sexta-feira, 16 de maio de 2008.

Por Renata Agostini

Amigos, amigos, negócios à parte

Para uma sociedade dar certo, é preciso muito mais que uma amizade




mulherinvest

Abrir o próprio negócio requer boa dose de empreendedorismo e coragem, mesmo quando os ventos sopram a favor da economia. Ter um sócio para dividir os riscos da empreitada é o caminho escolhido por boa parte dos que decidem investir nesse sonho. Mas, para que a solução não se transforme em entrave para o bom andamento da empresa, é preciso encontrar uma boa parceria. E, isso, nem sempre é tarefa fácil.

Uma sociedade é quase como um casamento, a diferença é que para ter um bom sócio é preciso muito mais do que empatia e sentimentos sinceros. Porque um dos erros capitais de quem decide abrir um negócio em parceria é levar em conta apenas as afinidades com o candidato a sócio. Uma das principais razões de falência de empresas é o desentendimento entre seus donos. "Ao firmar uma sociedade, a pessoa tem de ser fria e calculista na análise do sócio e de seu próprio perfil. Não minta sobre seu temperamento e como acha que os negócios têm de ser conduzidos. Se você é teimoso, é preciso dizer. Até mesmo os horários em que cada um prefere chegar ao escritório podem ser motivo de conflitos futuros. Se você gosta de chegar tarde, é necessário deixar isso claro. Antes de firmar o contrato, é importante simular algumas situações e analisar se há sintonia na tomada de decisões", orienta Antônio César, diretor da Acomp Consultoria e Treinamento.

É um casamento de idéias, baseado na confiança e na ética. Não vou dizer que é fácil, porque nem sempre pensamos da mesma forma, e é preciso ter um poder de persuasão enorme


Meu amigo sócio...

Foi movida pelo entusiasmo e pela vontade de ter um negócio próprio que a pedagoga Maria Tereza Souza decidiu abrir uma loja de artigos de presente com sua vizinha e viu o carro da família e dois anos de trabalho árduo serem consumidos por uma sociedade malfeita. De mudança do Rio de Janeiro para uma cidade no interior de Minas Gerais, as duas acertaram que a pedagoga administraria a loja e a sócia se ocuparia das compras e do envio de artigos para o estoque. "Tínhamos filhos da mesma idade, morávamos no mesmo prédio e estávamos sempre juntas levando as crianças para a escola. Parecia a sociedade perfeita, porque tínhamos muitas coisas em comum". Maria Tereza se mudou, abriu a loja e os problemas surgiram logo na primeira semana, quando os produtos começaram a chegar. "Não gostava de nada que ela escolhia, achava tudo de péssimo gosto. E quando viajava e comprava alguns artigos, ela também não concordava", diz. Decepcionadas com o desempenho da loja, os desentendimentos foram se acumulando e, dois anos depois, as duas decidiram desfazer a sociedade. "Hoje vejo que foi pura empolgação, porque, no início, ela era um amorzinho. Mas me descuidei do principal: não concordávamos justamente no que a loja deveria vender. Foi um prejuízo enorme", conta a pedagoga.

Segundo o consultor empresarial Antônio César, a história de Maria Tereza é mais comum do que se imagina. Por isso, é preciso tranqüilidade e até mesmo excesso de precaução antes de firmar uma sociedade. "Num primeiro momento, todos colocam na mesa apenas as suas qualidades. Ignora-se o risco para viabilizar o negócio, seja pelas vantagens financeiras, de oportunidade ou de know-how que o sócio apresenta", diz.


Receita de sucesso

Se o sócio errado pode fadar o negócio ao fracasso, a escolha certa é um grande passo para o sucesso da empresa. As farmacêuticas Joyce Rodrigues e Fernanda Sanches se conheceram na época da faculdade, decidiram abrir uma empresa de cosméticos juntas e há oito anos colhem os frutos da parceria. Hoje, a ProLife Import comercializa produtos em todo o Brasil, por meio de drogarias especializadas, possui uma linha exclusiva para dermatologistas e já exporta para Portugal, Colômbia e Equador. Elas dividiram os investimentos iniciais do negócio, mas cada uma se dedicou a uma área da empresa. Para Joyce Rodrigues, o êxito da ProLife Import se deve a sintonia entre as duas sócias: "Somamos conhecimento, porque temos o pensamento focado em áreas diferentes. Eu desenvolvo os produtos e ela cuida de toda a parte comercial. Não seria nada sem ela, porque de nada adiantaria desenvolver produtos sem uma equipe forte para vendê-los", avalia.

Na base do relacionamento de Joyce e Fernanda, está o lema de que a amizade não deve se misturar com os negócios. No momento de analisar os resultados da empresa, elas encaram as decisões como se estivessem tratando com investidores. E seguem uma regra: nada de trazer parentes para trabalhar na empresa. Tudo para evitar misturar emoções aos negócios. "Somos muito amigas, mas sociedade é sociedade. Nossos negócios são colocados no papel e as duas estão atrás de resultados", afirma Joyce Rodrigues. Segundo a empresária, é preciso ter em mente que manter o bom rumo da sociedade é um esforço diário que exige, acima de tudo, bom senso: "É um casamento de idéias, baseado na confiança e na ética. Não vou dizer que é fácil, porque nem sempre pensamos da mesma forma, e é preciso ter um poder de persuasão enorme. Mas esta diferença é que traz o crescimento profissional", diz Joyce Rodrigues.

 

Competências complementares

Foi também unindo diferentes especialidades que o engenheiro Samir Cauerk Mousés e o economista Fernando Demétrio Camasmie criaram uma empresa familiar de sucesso, que já dura 18 anos. Descontente com a carreira em engenharia, Samir decidiu resgatar a tradição em culinária da família e convidou o marido de sua irmã para abrir o restaurante Folha de Uva, em São Paulo. Com as receitas do avô, que foi dono do primeiro restaurante de comida libanesa do país, em 1901, ele se transformou em chef e o sócio assumiu a parte administrativa da empresa. "Temos perfis que se complementam. Se fôssemos responsáveis pelo mesmo setor, talvez tivéssemos problemas. Mas são áreas totalmente distintas. Quando tomo uma decisão sobre o cardápio, sei que nem preciso consultá-lo", afirma o chef Samir Cauerk Moysés.

Quando se entra num ambiente, é preciso saber onde está a saída de emergência. No momento em que as coisas não vão bem, na hora da discussão, podem ser até amigos de infância, mas não haverá cabeça fria para desfazer o negócio da forma correta.

A empresa passou por uma grande reestruturação, com reformas no restaurante e no cardápio oferecido, com o objetivo de atender clientes mais sofisticados. Uma mudança audaciosa, fruto de uma decisão tomada em conjunto. Para Fernando Demétrio Camasmie, o segredo do sucesso na sociedade está na relação de respeito e confiança entre os dois. "Sempre tivemos um diálogo muito grande e nossa família é muito harmoniosa. Temos uma empresa estritamente familiar e que funciona muito bem", afirma.

Por mais que exista inteira confiança no sócio, especialistas afirmam que não se deve ignorar a necessidade do bom e velho contrato, que defina as regras do negócio e estabeleça como a sociedade deverá ser desfeita, se necessário. Segundo o consultor empresarial Antônio César, muitas pessoas relutam em considerar o fracasso do investimento, mas este ponto deve ser levado em consideração desde o início. É recomendável considerar até mesmo o que fazer em caso de falecimento de um dos sócios. Deve ser definido se os herdeiros assumirão a administração da empresa, por exemplo. "Quando se entra num ambiente, é preciso saber onde está a saída de emergência. No momento em que as coisas não vão bem, na hora da discussão, podem ser até amigos de infância, mas não haverá cabeça fria para desfazer o negócio da forma correta. Este é o ponto principal. Se a sociedade começa bem feita, as chances de se ter problemas no futuro são muito menores", orienta o consultor.

 

Porta de saída da sociedade

Um dos pontos a serem considerados é o tipo de sociedade firmada. Se ela for do tipo "limitada", os sócios não respondem com seus bens pessoais, caso o negócio não dê certo. Porém, se forem tomadas decisões contrárias à lei e ao contrato social, os sócios poderão responder com seus bens particulares para cobrir os prejuízos. Nem sempre as sociedades funcionam com empresários investindo a mesma parcela de capital. Se uma das partes possui apenas o conhecimento técnico necessário para o negócio, é importante que se estabeleça em contrato o quanto este conhecimento vale em porcentagem da empresa. Há ainda os casos em que um dos sócios investe apenas dinheiro, mas não trabalha diretamente na empresa. Segundo o consultor Antônio César, este pode ser um motivo de conflito na momento da remuneração. "Muitas pessoas confundem lucro com pró-labore. O sócio que trabalha tem o salário, além do lucro. O que investiu, mas não trabalha no dia-a-dia da empresa, tem apenas o lucro, apesar de também ter poder decisório", explica.

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Notas da ACOMP:

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