Sábado, 2 de Agosto de 2003


O Dia dos Pais dos ''presentinhos''

Comércio espera, na melhor das hipóteses, vendas iguais às do ano passado. Roupa, sapato e celular devem ser os destaques


Olívia Vicente
Especial para o JB

Meias, cuecas e lenços prometem, mais uma vez, lotar as gavetas neste Dia dos Pais. Com a economia retraída, a expectativa no comércio é de que as vendas sejam, na melhor das hipóteses, iguais às do ano passado.
- Esse vai ser o Dia dos Pais do presentinho - previu Daniel Plá, presidente do conselho de varejo da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
 
Surpresa: Dieter adora os presentes feitos pela filha Elisabeth

No primeiro semestre, os dias das Mães e dos Namorados decepcionaram e contribuíram para que o comércio amargasse queda de 7,19% nas vendas, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Fecomércio.

- Não há expectativas de que a performance das vendas supere à do ano passado, mas a possibilidade de se manter no mesmo patamar já é considerada um bom resultado, tendo em vista o péssimo cenário deste ano - afirmou o coordenador de pesquisas do instituto, Paulo Brück.

Tudo indica que o desempenho será superior ao registrado nos Dia das Mães e dos Namorados, que foi bem abaixo das estimativas, com queda 9,24% e 10,16% em relação ao ano passado.

Valor dos presentes deve ficar entre R$ 35 e R$ 50.

Para Antonio César Carvalho de Oliveira, diretor da Acomp, empresa especializada em consultoria e treinamento de varejo, 60% das lojas estão com os preços reduzidos. A expectativa é de que o valor médio das compras fique entre R$ 35 e R$ 50.

- A queda da taxa básica de juros, a Selic, para 24,5% ao ano, aliada à deflação, gera otimismo, tanto no consumidor como no comerciante, que começa a rever as taxas de juros. Mas os resultados efetivos da recuperação do comércio só devem aparecer no fim do ano - avaliou.

Ele lembrou que muitos brasileiros receberam dinheiro da restituição do Imposto de Renda e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas, endividados, não estarão fazendo a economia girar de imediato.

Para o superintendente do Rio Sul, Sérgio Pessoa, a circulação média do shopping, de 1,8 milhão de pessoas, aumentará 5%, sobretudo em função da grande quantidade de liquidações. Ele lembra que em nenhuma outra data de varejo existem tantas promoções.

Roupas e sapatos estão cotados como alguns dos itens que devem ter melhor desempenho nas vendas. Uma boa notícia para os dois setores, que já amargam, respectivamente, quedas de 11,94% e 11,05% nas vendas do primeiro semestre deste ano em comparação com 2002.

O celular, no entanto, corre por fora para ficar no topo da lista dos mais vendidos.

- As empresas de telefonia móvel têm alcançado resultados fabulosos nas datas de varejo porque lançam fortes campanhas - disse Pessoa.

A estudante Elizabeth Falkenhahn, de 8 anos, adora ajudar o pai, o empresário alemão Dieter Falkenhahn, a escolher presentes.

- Mas sempre dou alguma surpresa. Posso pintar um quadro ou fazer um bonequinho de pano - contou .

O pai, feliz, retribui o carinho.

- Adoro surpresas, principalmente da minha filha - orgulhou-se.

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