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Quarta-Feira, 20 de fevereiro de 2002

Jornal do Lojista

Hora de abastecer para a Copa
Lojistas devem tomar cuidado com os produtos falsificados

Débora Oliveira

A pouco mais de três meses para a Copa do Mundo, é preciso correr para abastecer o estoque com camisetas, bandeiras, cornetas - itens essenciais na torcida pela seleção brasileira. Além dos produtos com o logotipo do campeonato, produzidos por empresas como Adidas, Budweiser, Coca-Cola e JVC, o lojista pode investir em similares com preços menores. O cuidado, segundo consultores de varejo, deve ser com o volume de compra e as falsificações.

- São produtos sazonais. É melhor ser cauteloso nos pedidos que ver mercadoria sobrando na prateleira, caso a seleção seja eliminada no início do campeonato - alerta o coordenador do MBA de Varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), Ulysses Reis.

No ramo de material esportivo, o comerciante encontra a Adidas como licenciada para impressão do logotipo oficial da Copa do Mundo. "Na verdade, serão poucos produtos com a marca do campeonato porque os patrocinadores têm prioridade", conta o diretor comercial da Character Comércio e Serviços, responsável pelo licenciamento na América Latina, Eduardo Macedo.

Exclusividade

Já no ramo de alimentação, não há representantes. "O McDonald's investiu US$ 40 milhões para estar entre os patrocinadores oficiais. Logo, não podemos conceder licença para fabricante de hambúrgueres. Assim como não é possível ter caixas de leite com a marca da Copa, porque a Coca-Cola domina o setor de líquidos", explica Macedo.

Além dos 14 patrocinadores oficiais, somente a Gulliver, no ramo de brinquedos, e a Isteyk, no área têxtil, têm permissão para comercializar mercadorias com o logotipo do campeonato mundial. "Ainda há alguns contratos em andamento, mas não há interesse da Federação Internacional do Futebol (Fifa) em ter grande variedade de licenciados", completa o diretor comercial da Character. Além disso, alguns patrocinadores, como a Gillete, usarão a marca apenas em campanhas publicitárias.

Investir em produtos sem o logotipo da Copa é a dica de Antônio César Carvalho de Oliveira, sócio-diretor da Acomp Consultoria e Treinamento, que tem a Sendas e Léo Foto e Som entre seus clientes. "Deve-se priorizar itens que sejam consumidos desde o primeiro jogo e não somente em caso de vitória do Brasil", afirma Oliveira.

Excesso

Na Ninho do Urubu, rede de oito lojas que vende produtos atrelados ao Clube de Regatas do Flamengo, o cálculo para abastecimento do estoque com produtos ligados à Copa do Mundo leva em consideração os jogos da primeira fase. "Temos uma estimativa para suprir a necessidade das primeiras partidas com margem de segurança de 20%. O que não pode acontecer é sobra de mercadoria", afirma o diretor-executivo, Marcus Liotta.

A linha especial, que mistura as cores do Flamengo com as da seleção brasileira, está em fase de produção. "Teremos bonés, camisetas, mochilas, e outros produtos para o torcedor, além dos modelos oficiais. Cerca de 70% das vendas acontecem, tradicionalmente, no dia do jogo e os outros 30%, no dia seguinte", conta Liotta. Em três das maiores lojas da rede haverá um ponto especial com os produtos da Nike, patrocinadora da seleção brasileira de futebol.

- O público que procura a camisa oficial da seleção está disposto a gastar cerca de R$ 100. Em contrapartida, o preço da nossa camiseta fica em torno de R$ 30. Ou seja, são perfis diferentes - diz Liotta, que investiu R$ 12 mil em mercadorias da seleção brasileira produzidos pela Nike. O lojista que ainda não montou o estoque com produtos oficiais da patrocinadora do Brasil deve apressar-se. "A maior parte da produção está vendida", afirma a gerente de comunicação da Nike Brasil, Kátia Gianone.

As vendas para clientes cadastrados começaram em junho do ano passado. "Lojas de material esportivo, nosso público-alvo, que não foram atendidas ainda podem encontrar camisas oficiais produzidas pela Drastosa e chuteiras", afirma Kátia, acrescentando que, em ano de Copa de Mundo, a venda de camisas oficiais da seleção triplica.

Diretor comercial e de marketing da Centauro, rede de 50 lojas de artigos esportivos, Sormane Parreira conta que o planejamento para a Copa começou há seis meses. Além da previsão para montar os estoques, a estratégia nas lojas da Centauro incluirá decoração especial para a data. "A camisa da seleção terá destaque nas lojas que terão novo visual em abril. O material esportivo da Adidas, como a bola de futebol, também estará disponível", diz Parreira.

Na Sport GMB, loja de artigos esportivos da Saara, as bandeiras de todos os países participantes do campeonato farão parte da decoração. "Elas ficarão na entrada da loja", conta o proprietário da Sport GMB e presidente da Saara, Enio Bittencourt. É no tratamento visual que o varejo pode lucrar com o evento, mesmo sem vender produtos diretamente associados ao futebol.

De acordo com a sócia da D. Design, Alexandra Oliveira, pode-se brincar com as cores verde e amarelo, usando-as, inclusive, nas luzes da vitrine. "A bandeira também causa um bom efeito na decoração", completa. O objetivo deve ser ganhar a simpatia do consumidor. "Para conquistar sua fidelidade mesmo depois que os jogos acabarem", diz Oliveira, da Acomp.

PRODUTOS OFICIAIS DA COPA

Fornecedor Produto Informações
Adidas Material esportivo 2549-2771 ou 0xx-11-3046-2900
Drastosa/Nike Material esportivo 0xx-11-3879-5300
Gulliver Brinquedo 0xx-11-4232-2252
Isteyk Confecção 0xx-11-217-4999

Os patrocinadores

Adidas
Budweiser
Coca-Cola
Fuji Xerox
Fujifilm
Gillette
Hyundai
JVC
Korea Telecom
MasterCard
McDonald's
Philips
Toshiba
Avaya Communication
Yahoo!
NttGroup

PENA DE UM A QUATRO ANOS

O comerciante deve ficar atento para não vender produtos da Copa do Mundo falsificados. Se descoberto, pode sofrer ação criminal, por infração de marca registrada e violação de direito autoral, e civil, para reparação de danos. "A mercadoria é apreendida, o comerciante pode ser preso, com pena que varia de um a quatro anos de reclusão, e pagar multa", resume o advogado da Dannemann, José Henrique Werner.
O valor da multa depende dos critérios adotados. "Dois deles são o pagamento do preço da licença e a multiplicação em 3 mil vezes do valor dos personagens em questão", afirma Werner. Para oferecer produtos mais baratos ao consumidor, pode-se optar por mercadorias alternativas. "Bandeiras, cornetas e camisetas nunca ficarão encalhadas e agradam a todos", diz o sócio-diretor da Acomp Consultoria e Treinamento, Antônio César Carvalho de Oliveira.

 


 

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