Quando business e amizade se misturam - ACOMP

Andrey Rocha e Renato Müller são sócios na empresa Galeria de Idéias há dois anos. Amigos desde os tempos de faculdade, os jovens empreendedores optaram pela parceria oficial quando perceberam que entre eles havia algo muito além da afinidade pessoal.

"Nossos conhecimentos se completam. Em princípio eu não entendia nada do que o Andrey fazia e ele não entendia nada do que eu fazia. Cada um tem uma área de atuação. Então, vimos nesta sociedade a possibilidade de aumentar as chances de sucesso", afirma Müller. Segundo Rocha, que tocava a empresa sozinho até convidar Müller, foi o que realmente aconteceu: "A gente tem mais clientes e, portanto, mais resultados. Houve com certeza uma expansão do negócio."

O caso deles, portanto, é bastante favorável. "Eu acho que pelo fato de ser amigo, a gente tem até um compromisso maior um com o outro. Se eu estou pisando na bola, eu não estou pisando na bola com qualquer um, é com um amigo. Então, há um comprometimento maior. Ao mesmo tempo eu não acho que a gente dá certo porque a gente é amigo e sim por ter visões de negócio muito parecidas. Independente de com quem for a sociedade ou parceria, você tem sempre de estar com pessoas que acreditem nas mesmas coisas que você."

Diretor da ACOMP Consultoria e Treinamento, Antônio César de Oliveira já prestou consultoria a inúmeros casos de sociedade entre amigos e garante que o tema é complexo. "Eu já vi muitos casos de pessoas que começam um negócio entre amigos e terminam como inimigos."

Porém, para ele, é possível sim manter uma boa sociedade dessa forma, desde que o velho clichê "amigos, amigos, negócios à parte" se faça valer durante o momento de trabalho.

"Justamente para não penalizar a amizade, a coisa deve ser feita de uma forma profissional. Aquelas frases ‘podemos resolver isso depois’, ‘esse detalhe a gente deixa para o momento que acontecer’ são as responsáveis por atrapalhar e comprometer o futuro do negócio e da própria amizade. Portanto, tem de deixar tudo muito claro no início. Absolutamente tudo. Vai ter horário para chegar? Como será a divisão dos lucros, das despesas, do volume de trabalho?"

Ele admite, porém, que por haver uma suposta confiabilidade muito grande entre amigos, detalhes às vezes chatos e burocráticos sempre são deixados para depois. Oliveira ainda aponta outro aspecto: "Todo mundo pensa em se juntar a pessoas iguais, parecidas. Mas a complementaridade é mais importante."

O desafio, segundo ele, é "não misturar emocional e técnico". Como essa não é uma tarefa tão simples quanto parece, Oliveira acredita que, em um mundo globalizado, uma sociedade com um estranho tem menos risco de dar errado do que entre conhecidos de longa data. "Porque se a pessoa é estranha você tem de fazer tudo absolutamente certinho, mostrar todos os contratos, expectativas, números, provar que nada está errado, nada fica no acordo informal."

Para concluir, entre amigos ou não, César deixa a dica final para aqueles que estão pensando em uma futura sociedade: "As pessoas, muitas vezes, relevam coisas que não devem relevar e são extremamente rígidas com bobagens. É importante para você que está procurando um sócio se fazer as seguintes perguntas: ‘o que é possível relevar?’, ‘o que tecnicamente eu não posso abrir mão?’, ‘o que em termos de relacionamento é negociável?’ e aí avaliar se o seu futuro sócio não será mais um problema do que uma solução."

É sempre conveniente que Você contrate uma consultoria com experiência comprovada, em assessorar empresários e empreendedores, como é o caso da ACOMP Consultoria e Treinamento, para estabelecer ou rescindir sociedades, ou mesmo adquirir franquias e participações. Desta forma, Você evita uma série de problemas e aumenta sensivelmente suas chances de sucesso.

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